sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

RESUMO UNIDADE VII - METODOLOGIA DA PESQUISA (2014.2)

UNIDADE VII:  
PESQUISAS ATIVAS: PESQUISA-AÇÃO E PESQUISA PARTICIPANTE


OBJETIVOS:
  • Fazer com o leitor desta unidade assimile as características da análise de Identificar as características das pesquisas ativas.
  • Reconhecer os diferentes campos de aplicação da pesquisa- ação e pesquisa participante.
 Introdução:
O termo pesquisa ativa surgiu como uma crítica ao modelo convencional de pesquisa, que privilegiava descrições explanativas.

Então, a pesquisa ativa leva em conta se o objeto é das ciências humanas ou das ciências sociais, inclusive enfatiza a relação entre pesquisador e pesquisado, na busca da superação de um determinado problema enfrentado.

Desenvolvimento:

Função e importância da pesquisa-ação

As pesquisas ativas, de modo geral, visam auxiliar a promoção de algum tipo de mudança desejada, pressupõem uma tomada de consciência tanto dos investigados como dos investigadores dos problemas próprios e dos fatos que o determinam para estabelecer os objetivos e as condições de pesquisa, formulando os meios de superá-los. (Chizzotii, 2006, p. 77)

Elas assumem de acordo com seus pesquisadores várias denominações, como dialógica, interativa, endógena, emancipatória que podem ser sintetizadas em:

1. Pesquisa-ação
2. Pesquisa participativa

1) Pesquisa-ação - objetivo: realização de diagnóstico da situação.

As pesquisas ativas foram bastante utilizadas nos institutos de psiquiatria dos anos 70, como uma tentativa de mudança da prática do modelo manicomial que alieanava o paciente psiquiátrico.

No campo educacional, o objeto da pesquisa ativa era o envolvimento dos professores na solução dos problemas das instituições escolares.

Há um outro campo de pesquisa-ação, baseado no pensamento de Gramsci, denominada pesquisa-ação radical, sendo o seu foco a emancipação e a superação do constrangimento do poder, principalmente dos grupos periféricos da sociedade.

Etapas da pesquisa-ação:
  •   fase de definição do problema, da escolha da instituição, das informações preliminares disponíveis;
  • formulação do problema: a partir de definido claramente o problema, inicia-se uma série de coletas de informações, documentais ou orais para definir melhores ações;
  • fase da implementação de um plano de ação com os objetivos, as pessoas envolvidas, as formas de execução e meios;
  •  execução da ação: deve ser acompanhada em todos os seus detalhes;
  • avaliação da ação, dos resultados, que pode implicar a redefinição do problema, se necessário, e até de um novo plano de ação;
  • continuidade da ação: o resultado dos planos desenvolvidos e das soluções dadas requer a discussão partilhada pelo grupo, de modo que haja solidariedade nas ações escolhidas e em  suas conseqüências.

2) Pesquisa participativa: A pesquisa participativa distingue-se da pesquisa-ação, embora possua nela suas origens.

“Trata-se de um modelo e de um meio de mudança efetiva para a qual os sujeitos implicados devem elaborar e trabalhar uma estratégia de mudança social.”

Importância da pesquisa participante
  • Ela é importante pelos seus aspectos metodológicos e epistemológicos, porém acentua-se no segundo aspecto, porque o conhecimento é considerado como um instrumento essencial para medidas profundas.
  • Ela é importante porque vincula-se à imersão prática, no sentido das comunidades não terem somente seus problemas estudados, mas terem formas para resolvê-lo.
  •   Ela é importante porque uma das suas pretensões é contribuir para que as comunidades se tornem sujeitos capazes de história própria, individual e coletiva.
 Sujeito e objeto da pesquisa participante

O objeto é o sujeito em seu sentido pleno. A observação participante é parte do projeto que adota a observação participante.

Passos da pesquisa
Grossi (In: Demo, 2004) aponta os passos da pesquisa participante, objetivando a conscientização, como utilizada por Paulo Freire:
  • crítica da realidade social vigente, mobilização coletiva para a transformação social;
  • revisão crítica da ação implementada;
  • replanejamento da ação futura;
  • reavaliação do diagnóstico prévio da realidade social.

 Quanto aos critérios formais esta proposta científica, da pesquisa participante, necessita ser:
  •  Coerente - manter relação entre os conceitos, as categorias-chave, ter começo- meio e fim;
  •  Sistemática – necessita dar conta do tema com profundidade, estudando a questão por diversos ângulos, revendo autores e teorias;
  • Consistente- necessita argumentar, buscar explicações, além das descrições, da acumulação de fatos e constatações;
  • Original- precisa inovar, não sendo reprodutivo;
  •  Objetivada - captar a realidade, evitando submissões ideológicas e preconceitos;
  • Discutível- o texto precisa ser discutido, argumentado, contra argumentado tanto por simpatizantes quanto por adversários.
 Estas características da pesquisa participante levaram a uma perspectiva fundamental, nos anos 60, e culminou na organização de associações de grupos socialmente excluídos: empowerment.

Pesquisa de coleta de dados

Coleta de dados é um momento fundamental do processo de pesquisa, em que o pesquisador irá ao campo de estudo recolher os dados que deseja verificar, para responder às questões do problema que deseja investigar. Cada procedimento de pesquisa utiliza determinadas formas para coleta.

RESUMO UNIDADE VI - METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO (2014.2)

UNIDADE VI: PESQUISA DOCUMENTAL, ANÁLISE DE CONTEÚDO
E ANÁLISE DE DISCURSO


OBJETIVOS:F
  • Fazer com o leitor desta unidade assimile as características da análise de conteúdo e da análise de discurso como instrumental para a atividade de pesquisa documental.

 Desenvolvimento:

Primeiramente é necessário apresentar as características da pesquisa documental e, logo a seguir, a da bibliográfica.

1) Pesquisa documental: 
 
2) Pesquisa bibliográfica:
 

A pesquisa documental pode ser realizada com documentos de natureza quantitativa.

As fases da pesquisa documental envolvem:
Quanto ao tratamento dos dados, dois procedimentos metodológicos devem ser considerados:

 

Os conteúdos patentes e latentes são analisáveis.

2a) Análise do conteúdo: A análise de conteúdo oferece a possibilidade ao pesquisador de:

 

A análise de conteúdo não é puramente descritiva.

Lasswell, citado em Chizzotti (2006), estabelece cinco questões no processo de análise de conteúdo:

O pesquisador depreende do texto as características, a mensagem e a intenção.

Como qualquer estudo, a pesquisa que se baseia na análise de conteúdo precisa:

  

Na parte quantitativa da análise, é estabelecida a freqüência de palavras representativas de categorias e de atributos da temática textual, que propiciou a construção do texto-documento.

2b) Análise do discurso: A análise de discurso situa-se além da textura formal, pretende captar o sentido do texto.

Diferente da análise de conteúdo que pretende extrair o sentido do texto, a análise de discurso pretende extrair os sentidos subjacentes.

Segundo Orlandi (2003), o discurso produz sentidos por meio da linguagem dos textos. Cabe, portanto, tomar texto como diferente de discurso e levar em conta que os dois constituem o que regularmente chamamos de texto.

A análise de discurso pode ser aplicada também a estudos de textos legais e sua produção de sentidos.