sexta-feira, 5 de julho de 2013

RESUMO LITERATURA NA FORMAÇÃO DO LEITOR (2013.1) - MÓDULO 1

MÓDULO 1: LEITOR, LITERATURA, FORMAÇÃO E ESCOLARIZAÇÃO
AULAS: 1, 2, 3, 27, 28 + AC1 + MC1

AULA 1 - O QUE É, O QUE É... LEITURA? LEITOR? LITERATURA?
Concepções de leitura:
- Concepção reduzida de leitura: privilegia a decodificação dos símbolos gráficos, a compreensão das palavras e expressões e, consequentemente, seu sentido mais imediato.
- Concepção ampliada de leitura: múltiplos sentidos no texto, condições internas e externas, intertextualidade.
Quando lemos, estamos nos posicionando diante do mundo.
Lemos de acordo com concepções que a partir das nossas condições objetivas de vida (nossas experiências). Também devido à condição étnica, geográfica, cultural, podemos acumular experiências - ou não - que nos possibilitem ir além ou ficar aquém do texto que lemos. A produção de leitura sofre a interferência de nossas possibilidades sobre ela.
Kramer apresenta uma visão de leitor: aquele que indaga, busca, interfere, compartilha sentidos. Defende a leitura de um tipo de texto - aquele que é capaz de inquietar.
Concepções de literatura:
- Era o saber, a cultura do letrado. Passa a ser atividade e produção de alguém.
- Depois passa a ser o conjunto das obras literárias de um país.
- Fenômeno literário - criação estética.
Literatura é forma de entender o mundo, trabalha esteticamente com a língua - mas nem todos tem acesso. O livro nem sempre chega a todos. Exclusão social: pessoas desprivilegiadas.
Para haver leitores, é preciso acesso irrestrito aos livros (bibliotecas, livrarias, escolas).

AULA 2 - FORMAMOS LEITORES... OU OS LEITORES SE FORMAM?
Experiências de leitores: ver páginas 25 e 26.
- O despertar do gosto da leitura está atrelado à presença de agentes e formação, mediadores, 'pontes rolantes' que estimulam esta interação leitor/texto literário.
- Importância do ambiente gerador de leitura para a formação do leitor. Primeiras experiências: contextos familiares (leitores do mundo e da palavra).
- O que está à mão do leitor? Pluralidade de livros que cercam o leitor? Governo: o que tem feito? A escola tem a missão de imprimir as primeiras marcas e experiências de leitura.
- Prazer superficial: vivência de atividades de dinamização da leitura puramente lúdicas – por meio de jogos e brincadeiras – que retratam obviedades contidas no texto literário. Prazer essencial: experiências de leitura que procuram desenvolver uma compreensão ampla e profunda, desvelando os sentidos essenciais do texto literário a partir de atividades problematizadoras.
- somos co-responsáveis (como educadores) pelo despertar do gosto pela leitura em nossos alunos.
- “A preocupação básica seria formar leitores porosos, inquietos, críticos, perspicazes, capazes de receber tudo o que uma boa história traz, ou que saibam por que não usufruíram daquele conto... Literatura é arte, literatura é prazer... que a escola encampe esse lado. É apreciar – e isso inclui criticar... (ABRAMOVICH, 1995, p. 148)
- Os sujeitos-leitores se formam, a partir de uma realidade local, que é múltipla, heterogênea e rica.

AULA 3 – PERGUNTA DOS TEXTOS LITERÁRIOS: POR QUE A ESCOLA NOS AZUCRINA?
- Características dos textos trabalhados nas escolas: trechos retirados de obras da literatura infantil, nacionais ou não. Pretexto para estudo gramatical. Não se trabalha a produção escrita dos alunos.
- Práticas escolares realizadas com textos literários: textos fragmentados ou não de grandes obras da literatura infantil. Textos criados exclusivamente para serem trabalhados com a temática de determinado capítulo. O texto fragmentado não está contextualizado e não há uma síntese da obra citada. Muitos livros didáticos não trazem referência ao (à) autor (a) daquele texto. Atividades de ortografia, vocabulário e redação estão predominantemente desvinculados do texto. O texto é pretexto para ensinar questões gramaticais.
- Dessa forma, a leitura deixa um gosto amargo de leitura – não é uma tarefa prazerosa.
- Ver críticas de Silva e Kleiman (p. 43).
- Cria-se uma barreira entre leitor/texto literário, na medida em que este último não é entendido como uma linguagem artística. O gosto, o prazer do texto não são levados em conta. Essa barreira não permite aos alunos-leitores conhecer suas potencialidades figuradas, isto é, sua literariedade.
- É importante uma visão ampliada de texto e a necessidade de se trabalhar com gêneros textuais diferentes.
- Refletir a experiência de leitura de Lia Luft na página 46.

Aula 27 – Habilidades, leitura e aplicação textual – parte 1
A educação assume o compromisso de promover a emancipação dos alunos-leitores, por meio da interação com a linguagem e da atribuição de sentidos em relação aos textos propostos. A conscientização a respeito dos aportes teórico – práticos que sustentem os processos de promoção da leitura e de formação de leitores que podem povoar o universo escolar é fundamental para a tomada de decisões coerentes sobre para quem, como e para que planejar a prática de leitura. Ezequiel Theodoro da Silva, o planejamento de práticas de leitura significativas deve pautar-se no desenvolvimento de unidades de leitura. Estas devem ser construídas a partir de uma organização articulada, coerente e coesa de textos e atividades que levem o aluno-leitor à compreensão aprofundada de temas e ao domínio de suas habilidades leitoras. Nesse sentido, são necessárias tomadas de decisão antes, durante e após o desenvolvimento das unidades de leitura relacionadas às perguntas “Por quê?”, “Para quem?”, “O quê?” e “Como?”, que irão nortear os múltiplos caminhos metodológicos a serem trilhados. De acordo com Ezequiel Theodoro da Silva, o planejamento de unidades de leitura necessita estar assentado em uma teoria de leitura crítica, traduzida por metodologias e atividades que estimulem a partilha e a produção de novos sentidos para os textos selecionados a partir de um tema proposto. Na teoria de leitura crítica proposta pelo autor, o encaminhamento da compreensão do aluno-leitor prevê três habilidades importantes para sua formação: a constatação (refere-se ao primeiro movimento de interpretação durante a leitura); o cortejo ou reflexão (o aluno-leitor passa a realizar um movimento intermediário, interagindo com pequenos grupos de colegas, a fim de partilhar os sentidos produzidos na primeira etapa de contato com o livro selecionado, nesse momento é importantes a troca de idéias, impressões e opiniões em relação ao texto); e o terceiro movimento seria a transformação (em grupos, os alunos-leitores produzirão outros sentidos para o tema apresentado, por meio de situações desafiadoras proposta pelo professor. A partir dessas situações, serão criadas outros textos vinculados às suas experiências de vida, ampliando as possibilidades de significação atribuídas ao texto inicial).

Aula 28 – Habilidades, leitura e aplicação textual – parte 2
Para que a unidade de leitura a ser proposta desperte nos alunos leitores a motivação, a criatividade, a imaginação e a produção de sentidos na interação com o texto literário, o tema selecionado deve ser relevante e instigante para eles. Tomando por base essas três habilidades e etapas apresentadas e o tema proposto, torna-se relevante planejar o projeto de unidade de leitura. Este deverá conter os objetivos, as atividades que serão desenvolvidas e as formas previstas de avaliação deste processo. Planejar o projeto de unidade de leitura, o qual deverá contemplar os objetivos das atividades, a seleção dos livros de literatura que serão utilizados, as atividades que serão desenvolvidas e as formas previstas de avaliação deste processo.

Por Paulo Ávila – Tutor Presencial do CEDERJ (Polo Barra do Piraí)

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